A Revolução do SEO na Era da Inteligência Artificial

Como a Evolução da IA está redefinindo as estratégias de SEO e impactando a Busca Orgânica.

SEO na Era da Inteligência Artificial
Leitura de 12min

Nos últimos anos, testemunhamos uma mudança sísmica no panorama digital, onde a Inteligência Artificial (IA) está se tornando cada vez mais prevalente nos mecanismos de busca. 

Esta evolução não apenas promete uma experiência personalizada para os usuários, mas também introduz interações conversacionais que desafiam os conceitos convencionais de SEO (Search Engine Optimization).

Neste artigo, exploraremos a interseção entre SEO e IA, examinando como essa revolução está redefinindo as estratégias de marketing digital e impactando a busca orgânica.

A Evolução do SEO com a IA

A rápida adoção da Inteligência Artificial generativa nos mecanismos de busca está redefinindo a forma como os consumidores interagem com a web. Essa mudança não apenas promete resultados personalizados, como também introduz interações conversacionais, borrando as fronteiras entre busca e diálogo.

Fabrice Canel, do Bing, descreve essa transformação como “uma forma completamente nova de interagir com a web”. No entanto, isso não significa que o SEO tradicional está obsoleto. Pelo contrário, ele oferece previsibilidade e escalabilidade, sendo um dos principais impulsionadores de tráfego orgânico e vendas. É uma ferramenta estabelecida que continua a desempenhar um papel fundamental nas estratégias de marketing digital.

A busca por IA, apesar de todo o seu apelo futurista, não possui essa mesma fórmula. Mas isso não significa que devemos ignorá-la.

Estudo da Garter

Um estudo recente da Gartner prevê uma queda de 50% no tráfego orgânico de buscas até 2028 devido à IA. Isso pode parecer preocupante, mas em vez de tirar conclusões precipitadas, vamos considerar uma perspectiva mais detalhada.

A nova previsão da Gartner afirma: “Até 2028, o tráfego orgânico de busca das marcas diminuirá em 50% ou mais à medida que os consumidores adotarem a busca generativa alimentada por IA.”

O mesmo estudo aponta que “a rápida adoção da Inteligência Artificial generativa nos sites de busca vai trazer problemas para os CMOs que contam com a busca orgânica para impulsionar as vendas. Uma pesquisa da Gartner com 299 consumidores em agosto de 2023 constatou que eles estão prontos para a busca aprimorada por IA, com 79% dos entrevistados esperando usá-la no próximo ano. Além disso, 70% dos consumidores expressaram pelo menos alguma confiança nos resultados da busca apoiados pela tecnologia generativa.”

Ainda segundo a Gartner, “os CMOs devem se preparar para a disrupção que a busca via Inteligência Artificial generativa trará às suas estratégias de busca orgânica. Gestores de marketing cujas marcas dependem do SEO devem considerar a alocação de recursos para testar outros canais a fim de diversificar.”

Indiscutivelmente, a IA está se infiltrando na busca, prometendo resultados personalizados e interações conversacionais. De certa forma, isso é empolgante. Mas, como Kieran Flanagan aponta, ainda não é hora de jogarmos nossos livros de SEO no lixo.

“O que as marcas devem fazer? Testar outros canais? Sejamos honestos, nenhum outro canal é tão previsível ou escalável quanto a busca. A beleza da busca é que, uma vez que você construiu um mecanismo, é fácil prever e vincular diretamente à receita, tanto orgânica quanto paga. Os profissionais de marketing não precisarão ‘testar’ novos canais, precisarão repensar como abordam o marketing.”

Então, o que fazer?

  • A visibilidade da marca na busca por chatbots: Se a marca já domina as SERPs do Google, isso se traduz também na busca por Inteligência Artificial? Qual é a visibilidade da minha marca na busca por IA? Aprendemos a utilizar análises de SEO e a participação nas buscas para compreender melhor o reconhecimento da nossa marca e sua posição em relação à concorrência na categoria. Como a busca por IA altera esse cenário? Precisamos de novas métricas, novos mapas para nos orientar nesse território desconhecido.
  • O dilema dos KPIs: Os dias de simples satisfação por estar “em primeiro lugar no ranking” já passaram. Em um mundo impulsionado por chatbots de Inteligência Artificial, como podemos quantificar o sucesso? Como podemos justificar o retorno sobre o investimento (ROI)? Devemos adaptar nossas estratégias, antecipar movimentos e planejar vários passos à frente.
  • Inteligência competitiva: As palavras-chave costumavam ser nossa fonte de inteligência, revelando as estratégias dos nossos concorrentes em relação ao SEO. Mas, no cenário da busca por chatbots, quem são nossos verdadeiros concorrentes? São as empresas consolidadas ou as novas startups que sabem como aproveitar os algoritmos de IA?

Por mais que a ausência de ferramentas dedicadas para mensurar a visibilidade da marca em chatbots de Inteligência Artificial represente uma questão temporária para os profissionais de marketing, eu prevejo o surgimento de uma nova geração de ferramentas analíticas em breve, e não necessariamente provenientes dos habituais líderes em SEO.

É importante lembrar que uma possível transição da busca tradicional para a impulsionada por IA não significa uma catástrofe inevitável.

As quedas no tráfego orgânico e nos rankings podem simplesmente refletir uma mudança no local em que os consumidores encontram sua marca. Eles podem estar buscando de maneira diferente, mas ainda assim estão procurando por você.

Por isso, é preciso encarar a mudança como um passo evolutivo, uma oportunidade para despertar nossa criatividade e reescrever o livro de regras do marketing.

SGE-IA-SEO

O Impacto do SGE na Busca Orgânica (SEO) em 2024

Como mencionamos, a constante evolução das técnicas de otimização para mecanismos de busca e o avanço da Inteligência Artificial têm redefinido o cenário digital, e em 2024, uma nova revolução surge com o Google Search Generative Experience (SGE), prometendo transformar a busca orgânica como a conhecemos.

O SGE, uma abordagem de pesquisa desenvolvida pela Google, utiliza técnicas avançadas de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para compreender as consultas dos usuários e gerar respostas personalizadas diretamente na página de resultados de busca (SERP).

Essa inovação não apenas aprimora a eficiência e a qualidade das respostas, mas também redefine a jornada do usuário na SERP e potencialmente impacta a performance orgânica dos sites.

A Era do SGE: O Que Significa?

O SGE marca uma mudança significativa na maneira como as consultas de pesquisa são processadas e respondidas.

Por meio da IA, o Google agora é capaz de compreender o contexto e as intenções por trás de cada busca, fornecendo respostas adaptadas às necessidades individuais dos usuários. Essa personalização não apenas melhora a experiência do usuário, mas também eleva o padrão de qualidade das respostas fornecidas.

Motivações por Trás do SGE

Diversos fatores impulsionaram o desenvolvimento e lançamento do SGE pelo Google. Em primeiro lugar, a busca incessante por melhorias na qualidade dos resultados de busca levou à criação dessa ferramenta, visando oferecer respostas mais precisas e relevantes para os usuários.

Além disso, a evolução das tendências de pesquisa, como consultas por voz e demanda por interações mais conversacionais, exigia uma adaptação na forma como os resultados são apresentados na SERP.

A competição acirrada no mercado de busca online também desempenhou um papel crucial, levando o Google a buscar maneiras de diferenciar sua plataforma e manter sua liderança. Por fim, a preocupação com a acessibilidade digital impulsionou a criação do Search Generative Experience, tornando as respostas mais compreensíveis e relevantes para usuários com necessidades especiais.

Impacto nas Buscas Orgânicas (SEO)

O lançamento do SGE inevitavelmente terá repercussões nas buscas orgânicas. Embora ainda não esteja claro o impacto exato, algumas tendências começam a surgir. Por um lado, a presença de respostas personalizadas na SERP pode reduzir a necessidade de os usuários clicarem em outros links, afetando o tráfego orgânico direto para os sites.

Por outro lado, os resultados do Search Generative Experience incluem os links das fontes de informação utilizadas, o que significa que os sites podem atrair mais tráfego orgânico se forem referenciados nessas respostas. Além disso, as sugestões de perguntas de follow-up podem direcionar os usuários para conteúdos relacionados nos sites, aumentando o engajamento e o tráfego orgânico.

Adaptação e Estratégia

Diante dessas mudanças, os profissionais de SEO precisam ajustar suas estratégias para se adaptar ao SGE. Compreender o comportamento do CTR em resposta ao Search Generative Experience, analisar as palavras-chave mais impactadas e ajustar a estratégia de conteúdo são passos essenciais para maximizar a visibilidade e o tráfego orgânico dos sites.

Em última análise, o SGE representa uma nova era na busca orgânica, onde a Inteligência Artificial desempenha um papel central na entrega de resultados personalizados e relevantes. O futuro do SEO está sendo escrito agora, e os profissionais que conseguirem acompanhar e aproveitar essas mudanças estarão um passo à frente na corrida pela visibilidade online.

Conclusão

À medida que nos aventuramos na era da Inteligência Artificial, é fundamental para os profissionais de marketing digital e especialistas em SEO adaptarem suas estratégias para permanecerem relevantes e competitivos.

Embora o surgimento do Google Search Generative Experience e outras tecnologias similares possam representar desafios, também abrem novas oportunidades para alcançar e engajar os usuários de maneiras mais eficazes.

Ao abraçar essa mudança e adotar uma abordagem proativa para a integração da IA em suas estratégias de SEO, as marcas podem posicionar-se para prosperar nesta nova era da busca online.

Agora conta pra gente, como está preparando as suas estratégias em SEO para a nova era da inteligência artificial?


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